quarta-feira, 12 de junho de 2019

A Candura da Arte



O russo Wassily Kandinsky (1866 – 1944) foi um pintor que obteve cidadania alemã e francesa. Kandinsky é conhecido como um introdutor do Abstracionismo, e viveu o auge do estilo Art Nouveau. A princípio, estudou Direito e Economia na Universidade de Moscou, mas em 1910 já fazia suas obras abstratas, convivendo com o célebre Piet Mondrian – uma galera vanguardista. Apreciador de Monet, WK, depois de estudar em áreas que não lhe traziam realização, estudou Arte, definindo seu rumo de carreira. Os textos e análises semióticas a seguir são inteiramente meus. Boa leitura!


Acima, Círculos em um Círculo. Vários ovos sendo chocados num mesmo cesto, como numa família, na barriga de uma mulher fértil, na fertilidade de uma mente inventiva, como vários anjinhos ao redor de Nossa Senhora. Aqui, temos um grande conjunto, que é o Mundo. Dentro dele, temos subconjuntos, submundos, cada um com suas próprias regras e parâmetros, no fato de que nossos pais nos colocaram no Mundo para o Mundo, e não para um submundo, uma realidade paralela, uma alienação de algo muito importante – o Senso Comum. Aquele que perde o link com o Senso Comum, sofre numa deturpação de valores, de noções. O entorno desta obra é serrilhado como as bordas de um selo de correio, no modo como o artista vai emanando suas obras, sua Arte, buscando desesperadamente um retorno, um feedback, e este enche o artista de alegria, pois faz com que o artista se sinta parte do Mundo, e não parte de um submundo de merda – desculpe o termo. É como uma sonda espacial sendo emitida no espaço sideral, numa Humanidade sedenta por fazer contato com outras civilizações, no choque que foi a colonização europeia do Continente Americano, arrancando as terras dos indígenas, reduzindo estes a pedintes miseráveis nas ruas de Caxias do Sul. Quase no centro do quadro vemos algo que parece ser um olho de íris avermelhada, como olho sangrando, no sofrimento de uma pessoa que vaga incessantemente pelo submundo, uma pessoa perdida e solitária, com muita dificuldade em encontrar um Norte, uma noção, uma referência, no modo como é sofrida a Vida de uma pessoa não centrada, estando num labirinto cheio de meandros traiçoeiros, cheios de malícia, de despropósito, de inutilidade. Então, a Sociedade trata de punir severamente o andarilho do submundo, numa Vida desperdiçada, vivida em vão, numa pessoa que precisa, desesperadamente, dar a volta por cima e se reencontrar. O quadro é cortado por uma espécie de x, como os raios de dois holofotes, no x de Xuxa, a grande marqueteira, no modo como trabalhei certa vez com um ex-paquito da Xuxa. São dois raios que se encontram, unindo forças para manter o grupo coeso, na qualidade do grande líder, um homem extrapolido que nunca faz algo que possa perturbar a Paz de seu reino, pois a Raiva é inferior à Paz, e se há algo que reina na Dimensão Metafísica, esse algo é a Paz, numa sensação deliciosa de aceitação, de Liberdade. Aqui, o grande círculo vazado de linha negra é o que impera numa matriarca empenhada em manter a família unida. Temos aqui toda a magia de uma diversidade cromática, como cores de lustres de cristal, como na logomarca de uma edição passada da Festa da Uva de Caxias, com um cacho de uva com cada bago de uma cor diferente, na alegria de confetes coloridos de Carnaval, num momento de festa social, de integração em torno de algo, em torno de Tao, em torno da cornucópia abundante e abençoada, como nas safras de alimentos, num Mundo ainda tão desigual, com tanta fome e miséria. Muitos destes círculos aqui são translúcidos, como balas coloridas, na magia colorida de bolas de gude, numa candura infantil, num Cidadão Kane que, no leito de morte, clamou por seu velho trenó de neve da infância, o Rosebud. E não é feliz aquele que mantém infantil uma parte de si mesmo? Como numa pessoa que jamais perde a jovialidade e o senso de humor. Aqui são bolhas borbulhantes de um espumante festivo. Uma explosão de fogos de artifício. Vários olhos observando o artista. O quadro é ainda cortado por vários traços retos negros, tentando impor a Racionalidade Matemática e formas tão orgânicas e insinuantes. São como antenas de TV, unindo as audiências de uma nação inteira.


Acima, Estudo de Cores – Quadrados com Círculos Concêntricos. Aqui, temos uma relação, uma organização, na tentativa humana em catalogar as coisas e trazer ordem ao caos, na luta das luzes da Racionalidade sobre as sombras da Ignorância, no modo como a Ciência é altamente universal, assim como a Arte. Vemos aqui um pouco de Andy Warhol, pegando uma mesma forma e dando várias versões cromáticas, várias leituras, várias dimensões, vários enfoques. São como diversas impressões digitais, numa alegria carnavalesca, num WK sedento por um pouco de alegria, frente a um Mundo tão duro e sisudo. É como um rol de vários planetas, várias esferas, cada uma com particularidades, como numa família de vários filhos, em que cada um desenvolve suas próprias aptidões e percepções, como cada filho de um jeito em particular. É como numa turma de colégio, ou como num rol de professores, cada um responsável por uma matéria, um assunto. É uma sucessão monárquica, com cada monarca com um estilo pessoal, no fato de que não são todos os monarcas que se transformam em homens de Tao, em homens da Paz e da Harmonia, pois a Humanidade tem uma eterna fome por desavenças e guerras, destruindo nações e deixando rastros de fome e devastação. São como várias categorias de gripe, cada uma com suas características, sintomas e diagnósticos. É o mesmo aspecto sendo observado em momentos diferentes, como nas épocas do ano, ou nas horas do dia, num cristal mágico que vai se quebrando em várias cores, sendo cada quadro uma fase da vida da pessoa. É como os anéis de um sistema solar, na hierarquia gravitacional, num Saturno rodeado por anéis, como na divertida abertura do extinto seriado de TV Third Rock From the Sun, em que os corpos celestes dançavam como em uma boate. Uma sociedade é construída como tijolos numa parede, e é importante que cada pessoa se sinta livre para ser o que quiser, rechaçando os toscos sistemas ditatoriais, nos quais o cidadão é um servo, um escravo, um prisioneiro do Estado. A mãe zelosa entende que cada filho é especial de um modo em particular, e tudo o que é necessário é respeito às diferenças. Mas o Ser Humano não é assim, não é pacífico, e os desentendimentos giram em torno do Narcisismo, pois o narcisista acha que todos devem ser como ele próprio. É a vaidade humana, num Ser Humano ainda infantil, ainda aguerrido. Os espíritos elevados sabem do valor do respeito, pois sem respeito não há Paz, e sem Paz não há Vida; só destruição. Aqui, são várias supernovas estourando ao mesmo tempo, numa comoção, num Universo tão vasto, tão arrebatador para um Ser Humano que simplesmente não pode observar a totalidade do Cosmos, visto a lentidão inacreditável da velocidade da Luz. Aqui, é como um programa de culinária com uma câmera aérea que filma a panela de cima, com vários pratos sendo feitos, na criatividade de um chef que sabe que o cardápio tem que se diversificar sempre, pois, do contrário, a audiência cairá, no modo como a Vida é luta, sempre. E se eu parar, vou desaparecer, no modo como, na Dimensão Metafísica, não falta trabalho. Aqui, são várias goteiras gotejando, emanando suas ondas, suas irradiações, suas repercussões, na áurea Era do Rádio, como hoje vivemos o fortíssimo paradigma da Internet. Essas formas de WK são uma família, pois comungam da forma de círculos concêntricos. Mas cada forma é ela mesma. Aqui, há uma regra, mas uma regra mínima, nunca muito rígida, e é uma regra que visa a Harmonia, e não a Opressão. A Vida em Sociedade é feita de regras morais, havendo o tenebroso Umbral para os seres humanos de atraso moral, na inesquecível imagem da Serpente da Malícia sendo esmagada pelos alvos pés de Nossa Senhora. Aqui temos vários membros da mesma banda, numa união musical na qual o individual some e o coletivo aparece. São como várias espécies de maçã, ou várias espécies de felinos, na Grande Família Metafísica, o poderoso clã espiritual, como no nosso evoluidíssimo irmão Jesus Cristo, numa poderosa mensagem que deverá ecoar por tempo indeterminado. É o Bem, o único poder de fato.


Acima, No Branco II. Duas paladinas lanças cortam o quadro, como no formato de um raio de tempestade, como um deus do trovão, castigando os humanos na Terra, ou como um Zeus, reinando soberano sobre os outros deuses, na ideia hierárquica de que a Universo foi concebido por uma inteligência suprema. Uma das lanças parece uma vara de pescar, como num indígena, tendo que ir ao rio para trazer a riqueza do dia, impedindo que a tribo passe fome, no fato de que a Vida é luta e labor tanto para os civilizados quanto para os neolíticos, na batalha diária. No canto inferior direito vemos traços retos, formando uma faixa de pedestre, provendo uma zona de conforto para um artista produzir confortavelmente, no fato da Vida em Sociedade ser repleta de regras (necessárias), havendo uma política de punição aos que não respeitam leis como a faixa. As faixas se alternam entre noite e dia, no modo humano de organizar a Vida como compartimentos, com uma jornada por vez, dia após dia, na disciplina necessária a um artista, tendo que produzir sem ficar exposto às tormentas e às instabilidades das emoções – Arte é cabeça. Pelo quadro podemos ver espécies de tabuleiros de Xadrez ou Damas, na espécie de jogo que é a Sociedade, num acordo – eu faço tal trabalho e você me remunera. Os jogos existem para estimular a Inteligência, e a pessoa, desde muito pequena, é desafiada a ser boa de jogo, como num campo de batalha, no qual os militares de alta patente regem os de baixa patente, nas inevitáveis hierarquias sociais. No quadro vemos peças translúcidas, como vitrais de igreja, no modo como as religiões conquistam a fé da pessoa, na tentativa religiosa em entender o plano divino para conosco, os encarnados. Então, não há certezas, e a Fé e a Esperança entram em jogo, nunca garantindo, nunca provando algo, sempre desafiando a mente do encarnado. Neste quadro há várias pontas de faca, várias quinas cortantes e agressivas, no inevitável formato agressivo piramidal, num paradigma arquitetônico universal, em várias civilizações, no modo como há muitas pessoas que creem que a Humanidade nasceu e se desenvolveu só por causa de uma intervenção alienígena antiga, numa espécie de colonização, como uma Europa, impondo padrões ocidentais a culturas exóticas ao redor do Mundo, na eterna arrogância humana em se achar perfeito. O fundo branco traz a predominância da Paz, e este quadro é como um grande conflito, uma grande briga, um grande arrancarrabo, com pontas de faca brigando, no sangue de tantos jovens derramados em nome de uma disputa de vaidades, num país querendo dominar o outro, num rei que nunca está contente com seu próprio reino, sempre querendo mais, sempre rompendo com a Paz, sempre aguerrido, raivoso. Essas quinas são como bumerangues, no fato de que tudo retorna à pessoa, e Amor retorna na forma de Amor, na conhecida questão de que a pessoa recebe direitinho o retorno das coisas, tendo que aprender a ser mais gentil, humana e ética. Do contrário, Umbral, ou seja, sofrimento. Vemos um pequeno círculo negro vazado no quadro, que é um ovo sendo colocado, nos mistérios biológicos, na simples questão de não sabermos o que faz um coração bater, como uma bateria de energia, uma pilha. Este círculo é a centralização, o objetivo, o equilíbrio, numa pessoa feliz que tem algo para se centrar na Vida, numa Vida organizada, centrada no labor, no esforço, numa cabeça que é colocada para trabalhar. Dentro do círculo há um ponto vermelho, como um olho, ou um olho mágico em uma porta, no privilégio que uma pessoa tem em visualizar mentalmente alguma coisa do Futuro, do porvir, como uma bola de cristal, no fato de que a Vida é, em geral, um vidro opaco, com pouca translucidez... Então, o imprevisível se torna inevitável, mas a pessoa ainda tem algo que pode prever, como numa intuição, uma inteligência emocional. Este quadro é rico como uma caixa de bombons, coloridos, deliciosos, uma espécie de tesouro da Gula, o pecadinho gostoso, no modo como, na Dimensão Metafísica, há confeitarias com doces divinos, os quais, veja só, não engordam!


Acima, Swinging. O fascinante da Arte Abstrata é que cada um vê o que quiser na obra, rendendo múltiplas interpretações, como nos testes em consultórios de Psicologia, nos quais o terapeuta mostra imagens dúbias ao paciente perguntando o que este vê, podendo, então, traçar um diagnóstico psicológico. Este quadro é como uma fábrica, numa esteira de produção, com bens sendo feitos para um sedento mercado, como numa China, um gigante industrial, uma nação que, de jure, é comunista, e, de fato, é capitalista. Podemos ouvir o som das fábricas, com seus equipamentos funcionando, fazendo ruídos com os quais seus trabalhadores já estão habituados. As fábricas têm odores característicos, como na indústria química que nasceu com minha família, num cheio de vinho no ar. Aqui, há equipamentos complexos, de última geração, num parque industrial arrojado, produzindo riqueza e empregos. Vemos círculos ou bolas levitando no ar, como balões festivos, na magia infantil dos balões coloridos, no cheiro de látex em festinhas com balões, no boom de um balão estourando, como o Big Bang, na explosão, no orgasmo primordial. No canto esquerdo superior vemos linhas liquidiscentes, como nos hieróglifos do Egito, com um fonema correspondente às águas do Nilo, no modo como há no Xintoísmo uma deusa responsável pela fluidez, seja no ar ou n’água. Este processo de fabricação é uma operação truncada, dura, num processo repleto de etapas, como numa linha de montagem de carros, num processo longo e complexo, no qual o produto, para ser concebido, tem que galgar um caminho tortuoso até a conclusão, como numa Vida, numa encarnação, na qual a pessoa passa por muitas, muitas experiências, colecionando vivências que visam o aprimoramento moral do indivíduo, num processo de depuração e crescimento. Abaixo das linhas liquidiscentes, vemos uma meia lua produzindo bolas, como bolas de futebol, ou bolas de tênis, ou bolas de enfeite de Natal, fazendo metáfora com Tao, a incessante fábrica inteligente que está sempre criando, na brecha, na porta aberta da qual tudo emana. Ao lado, quadradinhos coloridos, num quadro bem colorido, num WK sedento por um pouco de alegria, numa pessoa que viu a Rússia se tornar União Soviética, numa parte do Mundo mergulhando em algo cinzento e triste, no modo como as ditaduras não trazem felicidade ou contentamento ao cidadão. Este vitral faz a luz ficar divertida e leve, no fascínio dos lustres de cristal, como numa sala de estar chic, com um anfitrião altamente polido e agradável, numa recepção tão elegante, nas avassaladoras salas metafísicas, num momento de interação social cheio de felicidade e propósito, havendo no Umbral (e no pensamento imoral) uma pornográfica falta de sentido, de modo que a Lógica e o Bem são aliados – gêmeos siameses. Podemos ver pelo quadro algumas pontas de flecha, numa matéria prima sendo processada para virar produto, no modo como o Mercado á altamente concorrido, e, ao entrar em cena, o há o espírito guerreiro do indivíduo, sabendo que precisa ser muito, muito competente e nobre se quiser vencer em um terreno tão concorrido. Podemos ver um pouco de Picasso aqui, numa época em que a Arte rompia com velhos padrões acadêmicos, fazendo da Arte uma precursora, que avisa quando novos tempos estão chegando, como uma ave anunciando a tempestade, ou um galo anunciando um novo dia – a Arte é um essencial instrumento de transformação. O fundo deste quadro é predominantemente cinzento, talvez num WK catarseando um sentimento de tristeza ou de descontentamento, numa pessoa querendo se encontrar, fazendo algo que lhe dê projeção e satisfação, no desafio do autoencontro. Acima de praticamente tudo no quadro, um grande círculo negro, como uma pupila arregalada, observando o Mundo, querendo trazer este para uma tela no atelier, buscando ser visto por este mesmo Mundo, nas ambições hollywoodianas em causar comoções de bilheterias, marcando épocas e arrebatando troféus. Na porção mais abaixo, vemos uma meia luz translúcida, como uma lente de contato, no modo como o artista faz com que vejamos o Mundo com mais clareza.


Acima, Vários Círculos. Microorganismos nos princípios da Vida na Terra, nos mistérios que perduram pelos tempos: o que é a Vida? Estamos aqui numa profundeza oceânica escura, com seres ainda não descobertos, numa multiplicidade e numa variedade incríveis. O fundo deste quadro remete a um Mapa Mundi, num Homo sapiens que surgiu de uma forma tão misteriosa, no chamado Elo Perdido, quando a escrita de repente surge, trazendo as luzes da Civilização, na linguagem universal que une os inteligentes. Aqui é uma face da Terra que está mergulhada na noite, na irônica alternância barroca entre claro e escuro, num contraste, fazendo da noite uma ilusão, pois o Sol, na verdade, jamais de põe, e os parâmetros humanos de tempo e espaço são insignificantes na imensidão espacial, fazendo da Terra um barquinho ínfimo que vaga por um oceano eterno e desmedido. Aqui, são como várias gotas coloridas caindo, causando a irradiação de ondas, como o Sol irradiando, na capacidade artística de irradiar percepções e iluminar a mente das pessoas, tocando fundo nas percepções catárticas, esses vômitos maravilhosos que causam no espectador, ao sair da sala de Cinema, a sensação de alma lavada, no Bem vencendo o Mal, como nos desenhos animados para crianças, num herói que ensina que a Virtude é melhor do que a Malícia, numa educação espiritual que visa formar cidadãos de bem. Em todos estes círculos, há uma hierarquia, pois uns são menores; outros, maiores. Eles estão em momentos diferentes de desenvolvimento, e os maiores regem os menores, visando que estes, um dia, cresçam, no lógico caminho evolutivo do espírito, visando o constante aprimoramento moral, como uma pessoa se desprendendo do corpo carnal e se tornando um anjo assexuado. Aqui, é como um grande planeta com várias luas ao redor, numa dança de rotação ao redor da Grande Mãe, do Lar, da referência, no modo como uma boa alma, ao desencarnar, sente-se indo para um lugar onde se sente muito segura e bem disposta, pronta para trabalhar e continuar tocando a Vida para frente – o Reino dos Céus não é só feitos de anjinhos barrocos tocando harpas. Temos aqui muita diversidade, alegria em meio a um fundo tão escuro e imprevisível, com a irreverência quebrando o gelo, trazendo um tanto de confetes em um baile carnavalesco, num momento de euforia e interação social, com casais se encontrando e se apaixonando – escrevo esta crônica em pleno Dia dos Namorados! Aqui é como uma sopa de olhos, com muitos e muitos olhos nos olhando, como se estivéssemos num filme, com multidões de audiência, observando nossa trajetória e nossas escolhas. WK gosta de fazer jogos cromáticos, com cores se misturando. Aqui, são como várias religiões convivendo em Paz, sendo umas grandes e outras pequenas, no fato de que o qualitativo deve estar acima do quantitativo, guardando as proporções, não importando para uma pessoa se esta está numa cidade grande ou pequena. Estas bolas são como túneis na teoria científica dos Buracos de Minhoca, portais estelares que, em um dia remoto, possibilitarão à Humanidade surfar pelo Universo em uma velocidade muito mais rápida do que a da Luz, fazendo com que cientistas sonhem, pois o sonho é o combustível que move a Ciência, fazendo da Razão um meio de descoberta. Neste quadro, não temos elementos fálicos ou agressivos, e tudo flui tranquilamente, como num casal feliz, em que um se entrega ao outro, numa total ausência de tensão, com um tomando café da manhã sentado no colo do outro, num momento em que o Mundo lá fora fica lá fora – o Amor é lindo. Vemos aqui um grande círculo negro, como um buraco negro, nos mistérios de força que sugam até a Luz, nas inúmeras demonstrações do poder de Tao, num Universo realmente imenso, sendo difícil ao Ser Humano entender o que é o Infinito, pois o Ser Humano é finito. A Eternidade é o maior presente de todos, pois é feita de um material nobre, que dura para sempre.

Referências bibliográficas:

Wassily Kandinsky. Disponível em <www.ebiografia.com>. Acesso 5 jun. 2019.
Wassily Kandinsky. Disponível em <www.pt.wikipedia.org>. Acesso 5 jun. 2019.
Wassily Kandinsky Obras. Disponível em <www.google.com>. Acesso 5 jun. 2019.

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