quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Fazendo Jus ao Talento

 

 

Falo pela quarta (e última) vez sobre o artista plástico americano Donald Judd. Os textos e análises semióticas a seguir são inteiramente meus. Boa leitura!

 


Acima, sem título (1). A transparência é a amizade, uma pessoa a qual conhecemos profundamente, fácil como se observar através de um vidro de vitrine – é a sinceridade, a verdade, a autenticidade, a honestidade. O vidro em tom de âmbar me remete aos vitrôs amarelos da casa onde morei por muitos anos com minha família, quando o Sol nascente invadia a casa, enchendo-a de uma luz dourada fascinante, mágica, num lindo e dourado dia amanhecendo, na promessa de um novo dia, de um recomeço, no modo como o grego antigo tinha uma deusa específica da aurora, cuja função era trazer a luz do renascimento, na vitória da Luz sobre a Escuridão; do Bem sobre o Mal; do Metafísico sobre o Físico. Judd gosta dessas linhas retas limpa, simples, sem excessos ou afetações, no simples se impondo ao complicado, trazendo esclarecimento, como no resultado final de uma equação matemática, como desvendar um mistério de novela policial, com as luzes se impondo finalmente, como na catarse no final de um filme, fazendo com que saiamos da sala de Cinema com a sensação de que podemos voar livres, como felizes espíritos desencarnados. Esta peça é oca, e podemos ver o interior escuro, talvez numa dúvida que precisa ser esclarecida pelo professor, pelos espíritos de superioridade moral, pessoas inofensivas e honestas, as quais resistem aos apelos materialistas do consumismo desenfreado, fútil e obsessivo, na obsessão humana em adquirir poder e mais poder, no modo como o poder tem essa capacidade de degenerar o Ser Humano, na metáfora do Anel de Tolkien, a joia que simboliza tal obsessão humana, na fraqueza do Ser Humano perante o Anel, perante o mundano, mostrando a visão sombria de Tolkien sobre o Ser Humano, muito distante dos indefectíveis heróis de Disney – o Ser Humano é imperfeito. Aqui é como um túnel, uma passagem, uma travessia, talvez num tubo de encarnação, sempre com a famosa luz no fim do túnel, na promessa de que tudo vai acabar bem, e que o “trem” voltará aos “trilhos”, na promessa da Fé, da Terra Prometida, num mistério muito além da frágil ciência humana – o Tao sobre o qual se pode falar não é o verdadeiro Tao, ou seja, a Eternidade é esta divertida charada, num interminável senso de humor, a virtude de não levar a si mesmo tão a sério. A limpeza de Judd é tal que se tem a impressão de que um pano foi recém passado sobre as superfícies, aludindo à limpeza impecável metafísica, num lugar onde há beleza por todo lugar porque não há sujeira, e limpeza rima com beleza. Aqui é como um tubo, uma conexão, como a rocha cortada na pedra, produzindo um respiro, uma via de passagem, nas demandas de uma cidade vibrante, sempre crescendo para atender a tais demandas, no lema da bandeira brasileira, como no crescimento moral do espírito, cada vez melhor, cada vez mais fino e depurado, como na depuração clara de Judd, na certeza matemática de que uma reta é a menos distância entre dois pontos, nas abreviações práticas que a racionalidade promove, construindo atalhos, e, ao invés de se contornar um morro, fazemos um túnel, no fato de que a Preguiça é a motivadora de grandes invenções e grandes avanços humanos – a geração de meu sobrinho, a geração integralmente digital, não faz ideia da comoção que a tecnologia do e-mail causou nos anos 1990, ou como o DVD era chique no início dos anos 2000, num galgar evolutivo rápido e frenético, sempre com novidades para deixar a Humanidade perplexa com tais avanços. Aqui pode ser uma lareira pós moderna, só que desativada, desocupada, na terrível sensação de inutilidade de uma pessoa improdutiva – tudo o que quero a meus entes queridos lá no Céu é que estejam produtivos, felizes, trabalhando, sendo úteis ao Universo, como uma pessoa que, depois de um encarnação indolente, decide arregaçar as mangas e trabalhar no Plano Metafísico, na eterna chance de recomeço, de reconstrução, com Tao, aquele que acredita muito nos próprios filhos. O preto é o mistério inevitável, com respostas que virão no momento certo.

 


Acima, sem título (2). Aqui temos um sonho de arquiteto ou decorador, com elegantes gavetas, inspirando o usuário a manter a vida em ordem, adquirindo algum nobre norte, um sentido, pois não há felicidade numa vida sem norte, sem pés no chão, numa questão psicológica muito simples: O que é melhor – viver ao sabor do vento erraticamente ou ter algo para se manter realista e conectado ao Mundo? Aqui temos uma espécie de colorida serpente retilínea, como se fosse a Razão impondo disciplina ao Caos, no jogo de sedução entre masculino e feminino, num eterno flerte de Eros, mantendo os opostos do Universo unidos, relacionados, formando um continuum fluidio intergaláctico. Aqui são como cores decompostas por um prisma, no fascínio que exercem os objetos brilhantes, brilhosos, como no brilho avassalador de uma Rita Hayworth, apoderando-se da tela de Cinema, estourando como estrela absoluta, no modo como não há livro ou faculdade que nos ensine a brilhar – cada um tem que aprender por si. Aqui é um arcoíris reto, sem se curvar, altivo, no monarca cuja altivez faz metáfora com a soberania da nação, no modo como é complicado manter a Paz entre reinos, pois o Ser Humano tem uma eterna vocação para o atrito e a desavença, como um rei que nunca está feliz no próprio reino, sempre querendo anexar mais terras, numa anexação brutal, violenta e obsessiva, pois, como diz Tao, que não estou o tempo todo querendo, posso ter Paz. Aqui temos um pouco do mestre Piet Mondrian, com quadriculações e cores, e aqui na obra de Judd não vemos muita igualdade, pois há gavetas maiores e outras menores, designadas para abrigar tipos diferentes de objetos, fazendo metáfora com a organização mental da pessoa. E como organizar minha vida, centrando este no trabalho, na dignidade que o labor dá ao Homem, ao contrário de uma ociosa pessoa maliciosa e fofoqueira, uma pessoa improdutiva que tudo o que produz são fezes e urina. Aqui é como uma joia colorida e festiva, como na moda dos programas de culinária de Rita Lobo, com as cerâmicas diferentes umas das outras, na alegria da diversidade, com cerâmicas de cores variadas que se tornam festivas, alegres e vibrantes, fazendo metáfora com vibrantes e saborosos ingredientes e condimentos, remetendo-me às deliciosas refeições preparadas por minha mãe e por minha avó materna, no sabor de Lar, de origem, de pertencimento, na gloriosa sensação psíquica pós desencarne, quando a pessoa não vai para o Céu, mas volta para lá, num lugar tão produtivo e formidável que não desejamos estar em qualquer outro lugar do Universo – felicidade é se encontrar e ser feliz onde está, pois a Terra, apesar de não ser perfeita, é nosso lar de passagem, e precisamos amar tal lar de passagem, pois como posso ser feliz se odeio tudo e todos? Aqui temos uma alegre serpentina carnavalesca, só que submetida à Razão, à Ordem, num Brasil que, apesar de palavras tão disciplinantes na própria bandeira nacional, é o país do Carnaval e da festa, ou seja, a vida não é só sisudez, pois como posso ser feliz se não faço um pouquinho de festa, tomo um drinque ou tenho conversa com amigos? Isso me remete a uma pessoa que conheci, uma pessoa por cuja influência me tornei temporariamente workaholic, sendo esta pessoa alguém que não tinha autorrespeito, jogando-se no labor como um kamikaze, sem dignidade – dê-se ao respeito, amigo! Aqui é como uma mágica embalagem de jujubas multicoloridas, conquistando a criança pelas cores e pelo doce sabor, como num alegre e festivo cacho de uva multicolorido, em uma edição passada da Festa da Uva de Caxias, convidando a comunidade a respeitar as diferenças e a festejar em torno do fruto do trabalho. Esta obra de Judd me remete a uma bermuda colorida que eu tinha, alegre, numa peça que combinava formidavelmente com camisas azuis, verdes e amarelas. Esta joia emociona quem a vê na vitrine, havendo nas joias a promessa sacrossanta da Vida Pós Desencarne, mas, ironicamente, há o fato de que, do Mundo Material, nada se leva...

 


Acima, sem título (3). Temos aqui um rito de passagem, no modo como o Ser Humano é um ser ritualístico, como num casamento, ou numa formatura, ou numa miss ganhando um concurso e voltando triunfante ao lar, como nas ritualizações ao redor da Juventude – a Juventude feliz e plena é uma invenção de velhos, já ouvi dizer. Os casamentos heterossexuais têm um peso de ritual enorme porque o casal personifica Yin e Yang, as forças opostas que unem tudo. Vemos aqui três etapas, três fases, como num cantor lançando três álbuns, trilhando devagar seu caminho, com passinhos de bebê, no termo “comer pelas bordas”, ou seja, uma pessoa sábia que deve surpreender o Mundo, chegando devagar e despercebida para, assim, dar o “bote” da cobra, pois como posso surpreender se me exibo antes do tempo? Aqui é como passar por três semestres em uma faculdade, numa grande amiga que tenho, a qual, ao me ver ouvir que eu mesmo fora reprovado em algumas cadeiras, ela me disse: “Não se descuide de sua própria faculdade!”, ou seja, a Vida só é boa com amigos que nos veem por dentro, profundamente, como olhar nos olhos de um velho amigo e lá ver uma antessala da eterna amizade metafísica, a amizade que jamais cessará, na Eternidade, a vida que nos espera, num presente maior do que nos sentimos merecer, no caminho da humildade, pois, quem tem o pés no chão, não quebra a cara. Aqui temos três épocas, três anos, três processos de depuração, como três encarnações, cada uma com lições específicas. Aqui temos o encadeamento de três processos: o crescimento da criança virando adulta, o crescimento das cadeiras de uma faculdade e o crescimento moral do espírito. Aqui são como três mausoléus fúnebres desocupados, como se os mortos tivessem ressuscitado e ido embora para Céu, no modo como a Ressurreição de Cristo nada mais foi do que o desencarne deste, no mito cristão que busca fazer com que as pessoas entendam que a Carne perece e que a Alma prevalece triunfante e eterna – a Carne não ressuscita. Aqui temos três portais, como se fossem três famílias numa harmoniosa vizinhança, um lugar em que as pessoas estão contentes com o que têm, podendo viver seus dias na glória da Paz, o sentimento de nos sentirmos felizes exatamente do jeitinho em que estamos, sem as carências da ambição, como num homem poderoso, infeliz ao ponto de dar um tiro no próprio coração, rejeitando isso que Tao nos deu, que é uma encarnação, no valor inestimável da Vida – é como um filho ingrato, que jogou fora um presente nobre. Aqui, o ar circula livremente, arejando as cabeças e trazendo renovação, como na aniquilação de preconceitos rançosos, podres, arcaicos, havendo na Juventude a incumbência de trazer tais ventos de renovação. Aqui são contêineres prontos para o uso, fazendo o comércio internacional, na universalidade do talento empreendedor do Ser Humano, estabelecendo, desde muito antigamente, rotas de comércio e troca, como na saga Guerra nas Estrelas, na ficção em que o comércio entre planetas acontece tranquilamente, talvez numa previsão mercadológica, quando o Ser Humano finalmente estará preparado para aceitar que há vida alienígena inteligente ao nosso redor, pois há peixe de água doce e há peixe de água salgada... Aqui é um sisudo concreto cinzento, da cor da cidade de São Paulo, a cidade cinzenta e garoenta dos negócios, com seus incontáveis escritórios e prédios executivos. Aqui é como um esqueleto sem carne, numa estrutura primordial pronta para ser preenchida por Vida, por fluxo, por atividade. É como uma galeria de Arte vazia, sedenta por abrigar mostras, no modo como a Arte é tão crucial e importante para a Humanidade, fazendo da Arte não uma excêntrica e fútil atividade, mas uma atividade que serve para unir o corpo social e manter este mentalmente são, ao contrário do infeliz caso da censura à controversa mostra Queer Museum, no momento em que a falta de Liberdade se mostra o combustível de sistemas malévolos que transformam um cidadão em um escravo de um sistema sem sentido – Arte é Saúde; Arte voa nas asas da Liberdade de Expressão; Arte é Tao.

 


Acima, sem título (4). A linha preta é um marco, antes e depois do maior homem da História, no irônico modo como ninguém é capaz de curar o Mundo das feridas deste, apenas dando um sinal de esperança de que um Mundo de Amor e Fraternidade nos espera. Temos aqui uma exata simetria, clássica, numa equação muito clara: x = y. O vermelho chama a atenção, como numa ferida aberta, desatada, numa sangria de hemofílico, no sinal vermelho da sinaleira, dando um sinal implícito: Se você não quer ver sangue, pare e espere o sinal verde. O espaço claro é um vão de janela, deixando uma casa respirar e não acumular mofo, nos trabalhos diários de uma dona de casa, uma dona a qual, apesar de trabalhar em casa, leva uma vida dura para manter tudo em ordem, iniciando os trabalhos do dia ao fazer as camas dos filhos. Qual a serventia de uma casa sem portas ou janelas? Seria como um túmulo, morto, sem respiro. E Tao é assim, este “copo” que é de serventia ao Mundo, sempre deixando fluir, no barulho calmante de água escorrendo, e Tao é esta força gravitacional que atrai tudo e todos, fazendo a água ir até o ponto mais baixo possível. Aqui podemos ver como Judd gosta de formas retas, exatas e matemáticas, e sua obra não tem a sinuosidade de uma coluna barroca, por exemplo. Como seria Judd na escola em Matemática? Aqui é como uma peça de fabricação, saindo de uma esteira de montagem, e podemos ouvir o barulho dos trabalhos dentro da empresa, com as máquinas fazendo uma orquestra repetitiva, sempre servindo, numa região rica e produtiva, pujante, gerando fartura, em nações ricas e felizes como o Canadá, um lugar farto, limpo e organizado, regido pela supervisão de Tao, o generoso governante. Estas listras, quadrados e retângulos são o paradigma arquitetônico, projetando casas e prédios com linhas retas, ao contrário de um peculiar e excepcional prédio em Caxias do Sul, o qual é redondo, sendo um grande tubo posicionado verticalmente, fazendo-nos imaginar como devem ser dispostos os móveis dentro de tal prédio. A listra preta é um bloqueio, talvez num escritor que está com bloqueio de redação, como num personagem de Whoody Allen, estando se sentindo atado, com a imaginação anuviada, no modo como todos temos o direito de, de vez em quando, sentirmo-nos impotentes, o que é positivo, pois se sou humilde, minha arrogância não me conduzirá ao tombo, como um certo político arrogante, que foi processado num impeachment – a arrogância precede a queda, na recomendação taoista do curvar-se perante uma situação adversa, aceitando que somos humanos e não deuses. O preto restritivo aqui são como as mesas isoladas em restaurantes, em medidas que buscam frear a maior tragédia do ano de 2020 – o Coronavírus, e já podemos antever as palavras das pessoas na próxima virada de ano: “Já vais tarde, 2020!”. Porém, as vicissitudes são viscerais. O veto preto aqui é impositivo, como no veto presidencial, jogando baldes de água fria no Congresso em Brasília, na abreviação hierárquica – nada ocorre sem a total permissão de Tao. Aqui é como uma grande letra O, só que sem curvas, sem a sedução do Éden que trouxe a Malícia à Humanidade, elegendo um bicho belo como a serpente como representante das perigosas curvas femininas que tiram o juízo dos homens – desculpem-me, mas é muita misoginia. Aqui é um produto na esteira de fabricação, numa reprodução em série, como na música serial, no gênero eletrônico Techno, repetindo exaustivamente as batidas, numa reprodução matemática, unindo Exatas a Humanas, no modo como a Inteligência Humana une os opostos que parecem estar tão longe um do outro, como descobrir algo que estava debaixo de nossos narizes. O preto é uma negação, uma proibição, como num tabu. É uma imposição irrefreável, talvez visando a depuração moral humana, como nos disciplinantes Dez Mandamentos, buscando trazer o bom comportamento às pessoas, como um aluno “cdf”, que senta na primeira fileira da sala de aula, prestando total atenção na aula, estudando antes das provas e passando tranquilamente de ano.

 


Acima, sem título (5). É um tanto raro vermos diagonais em Judd. A diagonal é o modo como as retas buscam ser orgânicas. Aqui são como barras numa prisão, no termo “ver o Sol nascer quadrado”, no infeliz modo como, ouvi dizer, o Presídio Central de Porto Alegre é uma verdadeira sucursal do Inferno. Aqui é como um novo dia amanhecendo pelas frestas de venezianas, no modo como os obeliscos são esses “galos”, cuja pontinha iluminada anuncia os raios de um dia no Antigo Egito, a civilização inesgotável, fascinante e misteriosa, sendo um combustível para arqueólogos sedentos por Conhecimento. Aqui são como várias pistas numa via, como nas largas vias do centro de Buenos Aires, com demarcações nem sempre respeitadas pelos condutores latinoamericanos. É como um leque de vias que se abre num posto de pedágio, como no rigoroso controle antidrogas na fronteira dos EUA com o México, em algo em que o truculento Trump tem razão: é o principal portal de entrada de drogas nas terras de Tio Sam. Aqui é como um objeto feito de borracha sendo torcido, como um teste numa fábrica, testando a resistência do material, como um professor testando o aluno para ver se este entendeu a matéria, como numa rigorosa e ótima professora de Filosofia que tive, a qual exigia claras provas de que o aluno entendera a matéria ao invés do aluno apenas decorar textos dados em aula – foi a única cadeira em minha faculdade na qual quase fui reprovado, passando com nota mínima, e, hoje, respeito tal mestra. As listras são, em geral no Design, elegantes e aristocráticas, no termo “andar na linha”, com padrões estéticos que atravessam o Tempo e o Espaço, como nas elegantes listras da máscara mortuária do rei Tut, numa civilização que, há milênios, já entendia o valor de Tao, o elegante, o fino, o irresistível aristocrata, no modo como uma certa professora de Redação exigia que os alunos, em seus próprios textos, mostrassem ter classe, distinção e inteligência, pois, já ouvi dizer: “Tudo o que você tem que mostrar é sua própria inteligência”, rechaçando, assim, o showman, o exibidinho que não conta com o respeito secreto de outrem, pois, uma grande amiga me disse, Dignidade é tudo, rechaçando, assim, os tolos sinais auspiciosos, os quais, na prática, não têm importância qualquer. Aqui são como linhas no caderno escolar, exigindo da criança disciplina e distinção, nos sisudos cadernos de Caligrafia, os quais, pelo menos no meu caso, não surtiram muito efeito, pois minha letra segue sendo pouco bela... As listras são a Disciplina, numa pessoa que enfrenta um momento sério do dia, tendo que se dedicar se quiser obter sucesso, numa dedicação séria, madura, como numa pessoa disciplinada que encara uma dieta espartana para, por exemplo, perder peso. Aqui é como um chip eletrônico, fazendo com que o interior de aparelhos eletrônicos ganhem esse aspecto de cidade, de lugar civilizado, como nas moderna e contemporânea Teotihuacán, a mítica Cidade dos Deuses, construída há milênios. Aqui são como veias e artérias numa cidade, levando embora o lixo e trazendo insumos para suprir tal cidade, no desafio que é fazer com que o Plano Material se pareça ao máximo com a dimensão acima, e nisso enquadram-se as dinastias mundanas, os aristocratas de listras disciplinadas, pois sei que é difícil de crer, mas as dinastias mundanas estão abaixo do sangue azul metafísico, num plano em que somos todos da mesma casa de realeza, mas uma realeza superior, depurada e psíquica – no fim das contas, no frigir dos ovos, tudo gira em torno do “andar de cima” metafísico. Aqui é como uma máquina produzindo fios de macarrão, no deleite de se assistir programas de Culinária, algo que me entretém, apesar de eu não ser o maior chef de todos os tempos – cada um com suas carências, com suas lições a aprender neste caderno de disciplinantes linhas retas. Aqui são como muitos prédios retilíneos, numa divertida competição para ver quem tem o falo maior, como colocar dois grandes tenistas jogando um contra o outro, no modo como a Humanidade se sente tão entretida nesses duelos de titãs.

 

Referência bibliográfica:

 

Art. Disponível em: <www.juddfoundation.org>. Acesso em: 5 ago. 2020.

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